“Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela
velha opinião formada sobre tudo.” Raul Seixas
Estive durante muito tempo ausente deste meu espaço de
expressão, e lhes confesso senti muita falta em partilhar pensamentos. Todo
este período em que estive ausente, me permiti vivenciar experiências o que
acredito poder contribuir muito para os próximos artigos.
Relendo os artigos anteriores percebo o quanto ampliei a
visão em relação alguns assuntos, o que me faz perceber e sentir um
significativo enriquecimento psicológico e emocional, pois querendo ou não a
própria vida nos impulsiona as transformações da consciência.
Muitas vezes untados de vaidade, ego, medo, insegurança,
carência, entre outros, não percebemos, mas retardamos em muito nosso auto conhecimento, quem nunca insistiu em uma relação afetiva falida por medo de
ficar sozinho, ou por buscar incansavelmente alguém para nos completar? E
ainda, quem nunca ficou extremamente magoada com a opinião de alguém, ou pior
não realizou algo na vida, preocupado com o que os outros diriam?
Vivemos, experimentamos e a cada relacionamento frustrado,
temos o seguinte discurso; que o outro
não foi digno do amor doado, não foi honesto, era ciumento demais, possessivo,
meloso, não dava a atenção, não se doou
completamente na relação, cômico, não entendemos que a vida nos move para
transformar e que o outro não está mais lá, porque também está se
transformando, e que não cabemos mais,
então vivemos o luto do amor rompido, por um período sentimos a raiva, depois
vem a frustração e em seguida a caça recomeça, graças, isto se referindo as pessoas otimistas, porque
conheço muitas ostras, que não se permitem novas experiências, e infelizmente
perdem mais uma chance de se quebrar e se remendar, afinal este ciclo é
extremamente importante para nosso auto conhecimento.
Depois de muita
quebradeira e cola, todo remendado, com bordas e rebarbas, permita a sua consciência
uma viagem para dentro de si, onde verá coisas ruins, que te incomodará muito,
confesso que não é fácil olhar visceralmente para nossos defeitos, falhas,
fraquezas, medos, apegos, carências, e descobrir que tudo aquilo que fizemos e
sofremos foi culpa nossa, pura ignorância, decorrente do auto abandono, do auto
cuidado, mas não se assuste, isto é libertador.
Descobrirá que se amar e se valorizar, não significa ir para
academia, comprar roupas novas, buscar uma nova relação, isso é secundário, a
questão primária está na força individual, nossa força plena, que no decorrer
do processo da vida, demos aos outros, entenderemos claramente o quanto
compramos ideias que não nos cabe, o quanto fomos passivos e omissos com nossas
vontades, e diante de nossa força olhar para cada aspecto de nossa vida
analisando, entendendo e principalmente perdoando, porque ao fazê-lo estaremos
nos perdoando, nos livrando de culpa, rancor, mágoa e qualquer outro sentimento
que não aqueça nossa alma.
Em futuras relações amorosas, familiares, profissionais, e
pessoais estaremos mais cheios si, poderosos, com atitudes e condutas mais
maduras, conscientes, vivendo o que a vida tem de melhor com sabedoria.
Poderemos estar só ou acompanhado, porém daremos conta de nos sustentar na
emoção, enfrentaremos os desafios com otimismo e teremos força para se alimentar de linguiça sem ter a necessidade
afetiva de levar o porco junto, isto não é fantástico?
Fiquemos na luz, abraço fraterno
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